A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto da rede estadual atingiu o patamar “gravíssimo” em Santa Catarina. Dos 898 leitos ativos, apenas 17 estão disponíveis — uma taxa de 98,19% de ocupação. A situação mais crítica é no Grande Oeste e na Foz do Rio Itajaí, em que não há mais lugar para os pacientes. O Estado não informou qual a demanda que causa a superlotação nas UTIs. Apenas citou que, de modo geral, há uma alta procura em todas as unidades de pacientes com doenças infecciosas.
Os dados do Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do Sistema Único de Saúde do Estado (Cieges) foram atualizados pela última vez às 22h de segunda-feira (14). Os números apontam que as regiões da Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Norte e Nordeste, e Meio-Oeste estão no vermelho conforme o mapa abaixo, com mais de 99% de ocupação.
Na Serra e Sul, as regiões estão classificadas como “grave”, no entanto, com uma taxa de ocupação que se aproxima de 95%.
Mapa mostra situação de ocupação dos leitos de UTI adulto em SC (Foto: SES, Reprodução)
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) não enviou informações específicas sobre o que tem causado esta grande demanda nas UTIs dos hospitais, mas citou, em nota que, “diante do momento sazonal”, de modo geral, há um aumento na procura das unidades por pacientes com infecções virais, como dengue e doenças respiratórias.
No texto, a SES ainda destacou que o sistema hospitalar público de Santa Catarina funciona em forma de rede. Ou seja, quando não há vaga em um hospital, busca-se leito, via regulação, em outros hospitais —primeiro na região e depois fora dela.
Situação é ainda mais grave nos leitos pediátricos e neonatal
Nos leitos pediátricos, há cinco regiões de Santa Catarina que atingiram lotação máxima: Grande Oeste, Meio-Oeste, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Sul. Dos 167 leitos ativos em unidades do Estado, apenas 4 estão disponíveis.
As regiões Norte e Nordeste e Foz do Rio Itajaí também estão em vermelho no mapa, com classificação de “gravíssimo”. Apenas na Serra catarinense a situação está mais controlada, onde há dois leitos vagos.
Mapa mostra situação de ocupação dos leitos de UTI pediátrico em SC (Foto: SES, Reprodução)
Já nos leitos neonatais, destinados a bebês entre zero e 28 dias, há três regiões com ocupação máxima: Grande Oeste, Meio-Oeste e Foz do Rio Itajaí. Apenas a Serra catarinense está em verde no mapa, com seis leitos dos 17 ativos disponíveis.
Estado cita baixa procura por imunizantes
Por nota, a Secretaria de Estado da Saúde destacou que as vacinas para dengue e gripe, demandas que têm sobrecarregado as unidades de atendimento, estão disponíveis para aplicação em grupos elegíveis. No entanto, destaca que a procura pelos imunizantes é baixa.
Além disso, cita que o Governo do Estado tem investido “de forma permanente na saúde” e cita que somente na gestão de Jorginho Mello (PL) foram abertos 163 leitos de UTI, entre neonatais (53), pediátricos (46) e adultos (64).
Confira a nota na íntegra
“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que, diante do momento sazonal, o aumento nos casos de doenças infecciosas virais identificadas como a dengue e as doenças respiratórias vem refletindo na busca por atendimentos no sistema de saúde do Estado, abrangendo todas as regiões. Cabe ressaltar que tanto a vacina contra a gripe quanto a vacina contra a dengue estão disponíveis para a aplicação nos grupos elegíveis, no entanto, tem-se observado uma baixa procura pelos imunizantes.
Por NSCTotal
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