No recorte geracional de 15 anos, Renato Portaluppi comandará o Grêmio por quase uma década. A atual quarta passagem sacramentada com a renovação de contrato anunciada no penúltimo dia de 2023 coloca luz na relação umbilical que parece terem o técnico e o clube desde 2010 quando ele esteve à frente do time pela primeira vez. Em 2024, será a sua sétima oportunidade de começar uma temporada no cargo.
Renato tem mais tempo de Olímpico/Arena do que todos os colegas de função somados: Silas, Caio Júnior, Luxemburgo, Julinho Camargo, Mancini, Tiago Nunes, Roger e Felipão, estes últimos com dois trabalhos, quase todos praticamente não completaram um ciclo inteiro. Com Renato isso se deu apenas em 2011 e 2021. Verdade que em 2010, 2013, 2016 e 2022, ele assumiu com o barco andando.
A permanência garantida, no entanto, pode ser ameaçada com a eleição na CBF que irá acontecer até o final do mês. Flávio Zveiter e Reinaldo Carneiro Bastos são os candidatos para suceder o presidente afastado Ednaldo Rodrigues. Neste cenário, o nome do técnico gremista ressurge na pauta, embora sem favoritismo.
O certo é que a partir de agora, a diretoria tem maior tranquilidade para reforçar o elenco. Renato nunca escondeu que participa desse processo até diretamente em contatos com os jogadores.
O "pacote Renato", como se convencionou chamar o que com ele está incluso, contempla desde o controle do vestiário às folgas polêmicas, mas principalmente um time competitivo e conectado com a torcida. Todas as vezes que encerrou o ano, o Grêmio se classificou para a Libertadores.
E nas cinco edições em que dirigiu a equipe na competição, foi campeão em 2017 e três vezes semifinalista. "Renato na casamata mantém a esperança da torcida nas alturas, como fazia quando usava camisa 7. E futebol é isso: acreditar", opina Thiago Brunetto, conselheiro gremista. “Mesmo com tantas opções nacionais e fora daqui, ‘na hora do vamos ver, ele é a 'bola de segurança’” contrapõe Sérgio Xavier Filho, comentarista do SporTV.
Por Correio do Povo
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