
Caroline Sacardo
Cachorra 'assina' projeto de lei ao lado de prefeito em Florianópolis
Uma cachorra foi levada à Prefeitura de Florianópolis para "assinar" um projeto de lei sobre a leishmaniose visceral, doença que atinge cães e humanos, na manhã desta quarta-feira, dia 10. A proposta prevê que tutores de baixa renda que optarem por tratar o animal recebem do município o medicamento necessário.
Durante a solenidade, a cachorra chamada Many, pertencente à vereadora Priscila Fernandes (Podemos), autora do projeto de lei, teve a pata carimbada no documento, que será enviado à Câmara de Vereadores.
A Casa informou que o projeto não havia chegado para os parlamentares até 15h23 desta quarta. A proposta precisa ser votada em plenário. A secretária-adjunta da Casa Civil de Florianópolis, Karoline Grando, confirmou que a "assinatura" da cachorra não tem valor jurídico.

Projeto foi assinado na manhã desta quarta-feira - Foto: Divulgação
O que diz o projeto
De acordo com o projeto de lei, é considerado tutor de baixa renda aquele que possuir renda familiar de até três salários-mínimos. Atualmente, esse valor seria de R$ 3,3 mil.
Conforme a prefeitura, a atual política pública de saúde no Brasil prevê que a doença é uma ameaça também para humanos e, caso o tutor não faça o tratamento do animal, o cão deve ser eutanasiado.
Leishmaniose
A doença Leishmaniose é transmitida pelo mosquito-palha infectado. A leishmaniose não tem cura e o cão doente, mesmo em tratamento, continua sendo portador, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). Dessa forma, o mosquito, ao picá-lo, fica infectado e pode transmitir o protozoário causador da moléstia para outros cães e pessoas.
Em humanos, ainda segundo a Dive, a doença pode evoluir para a morte. Porém, não foram registrados óbitos de pessoas por leishmaniose visceral em Santa Catarina.

Cachorra sofre com a doença leishmaniose visceral e pertence à vereadora autora do projeto - Fotos: Divulgação
Fonte: G1